Associamos-te à Spartan, mas fazes outras coisas como trailrun ou swimrun. Como é conjugar tudo isto?

Na verdade, as três modalidades têm um denominador comum: o trail. Por isso o meu foco é sempre o trail. Felizmente com o meu background de natação, consigo estar num bom nível mesmo sem treinar. Contudo, tento sempre fazer um treino de natação por semana, ao qual chamo ‘recuperação ativa’. O maior desafio são os obstáculos tanto técnicos, como as cargas, porque não existe forma de replicar num treino a experiência de prova. Tenho com objetivo fazer 2 treinos de condição física por semana que nem sempre cumpro, porque realmente é o que menos me dá prazer.

Como foi a tua primeira Spartan? 

É uma história agridoce: nunca tinha feito nada semelhante, e apenas tinha corrido uma prova de trail um mês antes para perceber o que me esperava. Obstáculos então, quase nem sabia o que isso era. Resumindo, fui com tudo, ganhei a prova (sim, ganhei a minha primeira Spartan!), e em seguida tive de fazer uma cirurgia ao ombro. Se mudava alguma coisa? Claro! Lesionei-me por falta de técnica, como tal deveria ter estado mais vigilante e focada na execução dos obstáculos.

Como é o teu dia-a-dia e como encaixas os treinos?

É uma loucura, e uma ginástica incrível! Passo aqui um excerto de um post que me apareceu nas memórias do Facebook há uns dias, e que ilustra o que era o meu dia a dia pré-covid:

‘Já não sei onde estou... Um dia estou em Valongo com um virus e falho os 45k, logo a seguir já estou em Madrid a apresentar uma reunião para 50 pessoas; volto a casa e num estalar de dedos já estou em Faro a dar formação, para depois ir para Maggiora correr a Spartan Race; às 2 da manhã deito-me e num abrir e fechar de olhos estou no Porto a abrir um franchise; quando voltar hoje a casa deixo o saco e vou para Viena fazer uma maratona.’

O Covid veio trazer mais rotina à minha vida, pois para além de estar a trabalhar desde casa, não posso viajar por trabalho, e as provas foram todas canceladas. 

Acordo às 5h para ir treinar, não é possível de outra forma. Corro de manhã e ao final do dia faço um treino funcional, reforço muscular ou bicicleta. Às 22h estou na cama.

Aproveito o fim de semana para fazer o meu treino longo, porque durante a semana é impossível.

Achas que é importante os produtos alimentares associados ao desporto serem mais limpos, sem químicos?

100% de acordo. Consumir uma alimentação limpa, com ingredientes naturais com o mínimo de químicos possível faz-nos estar em união com a natureza e encontrar o nosso equilíbrio. Previne inflamações, facilita a digestão e potencia a recuperação. O nosso organismo reconhece o que estamos a ingerir e consegue utilizar muito melhor esse combustível.

Qual o teu produto favorito na Super Vegan Fitness (SVF) e porquê?

Super Vegan Boost. Não existem muitos produtos semelhantes no mercado, feitos com ingredientes naturais, com um sabor incrível e com eficácia comprovada. Tomo o Boost 40min antes de uma prova ou de um treino mais duro, e sinto-me muito mais apta e rápida a responder aos estímulos durante o esforço, mas sem aquela sentação de ansiedade que os produtos com elevada concentração de cafeína provocam.

O que costumas fazer a nível de alimentação antes de uma prova?

3 a 2 horas antes de prova tomo o pequeno-almoço, seja qual for a hora. Faço um smoothie em geral composto de Despertar de Buda, 1 banana, 1 colher de sopa de manteiga de amendoim, frutos vermelhos e bebida vegetal; e com uma mistura de toppings como trigo sarraceno, sementes de cânhamo, pepitas de cacau cru, e nozes pecan. 

40min antes da prova, tomo uma dose de Super Vegan Boost.

A nível de alimentação segues algum plano?

Não sigo nenhum plano alimentar. Tenho uma alimentação vegana, mas que não é a mais saudável possível, pois consumo alguma junk food. Habitualmente introduzo a maior variedade possível de alimentos na minha dieta e confeciono-os sempre de maneiras diferentes; adoro cozinhar por isso nunca me falta inspiração. As únicas rotinas que tenho no que diz respeito à alimentação são os pequenos-almoços e o que ingiro durante o treino.

És vegan. Isso faz com que estejas mais preocupada em garantires a dose ideal de proteína, vitaminas e minerais?

Não tenho uma preocupação excessiva com isso. Sei que se tiver uma alimentação equilibrada, diversificada, com preferência por alimentos não processados, e em quantidades razoáveis, vou estar a garantir uma excelente nutrição para as minhas necessidades. Faço uma suplementação diária de spirulina, D3 e B12, e assim garanto o reforço de possíveis défices.

Porque aceitaste o desafio de pertenceres à Super Vegan Fitness?

Como não?? Acredito na Super Vegan Fitness pois é uma marca local que tem como base as necessidades dos atletas. Potenciar a performance, energia e recuperação com produtos veganos e orgânicos, faz-nos estar mais em sintonia com a natureza, sentir-nos mais vivos, mais humanos.

Há algum produto SVF que costume andar sempre contigo?

Não posso dispensar as manteigas de frutos secos e, em dia de prova, o Super Vegan Boost.

Que produtos SVF costumas usar antes, durante ou depois de uma prova ou treino e que truques podes partilhar? 

Antes: Super Vegan Boost, 40 minutos antes. Muitas vezes nas provas não é possível guardar material tão perto do início da prova, por isso levo sempre o Super Vegan Boost num copo reutilizável maleável, que depois aproveito para usar durante a prova nos abastecimentos.

Durante: Super Vegan Hydrate. Preparo sempre no dia antes e coloco no frigorífico para estar fresco quando vou consumir.

Depois: Super Vegan Protein e Açaí. Prefiro tomar a proteína num smoothie.

Um treino curto ou longo tem impacto no que ingeres?

Em treinos curtos (máximo 1h30), em geral só ingiro água ou água com Super Vegan Hydrate. Se o terreno tiver bastante altimetria, acrescento umas energy chews vegan.

Em treinos mais longos levo sempre colete com bastante hidratação, energy chews e por vezes comida (pode variar entre bananas, alperces, barras energéticas, rolos de arroz, batata cozida).

Três palavras que te descrevam.

Ativa, Organizada, Versátil

A prova que mais gostaste até agora.

Globalimits UltraTrail Albânia 220k

Que provas esperas fazer em 2021.

Tenho cerca de 20 provas agendadas para 2021; mas o grande desafio do ano é só um: UltraTrail Globalimits São Tomé 200k Stage Race, em julho.

No que diz respeito à Spartan Race, as grandes apostas vão ser Andorra UltraBeast (50k), em junho e Morzine França UltraBeast (50k), em agosto. Vai ser um grande orgulho participar também no Campeonato Europeu da Spartan Race, em Verbier Suíça no mês de setembro; e no Campeonato Mundial Spartan Race Trifecta, em Sparta Grécia no mês de novembro; mas em ambas as competições não tenho este ano qualquer aspiração a um lugar de topo.

Espero ainda completar o Circuito nacional de Swimrun, modalidade praticada em duplas,  e onde faço equipa com o meu marido Samuel Castela.

Herói no mundo de desporto?

Michael Phelps, Scott Jurek e Jonathan Albon.

Para ti qual a melhor parte de competires? 

Viajar, conhecer atletas de outros países, fazer o que mais gosto com um resultado final, e estar sempre motivada para treinar e evoluir.

Que produtos gostavas que desenvolvessem e que ainda não existe?

Géis e Gomas de performance à bases de produtos naturais; doses individuais de manteigas de frutos secos.

Uma receita que temos de experimentar.

De momento estou super fã de um caril de abóbora no forno, receita do ‘The Buddhist Chef’. No outro dia experimentei trocar a abóbora por batata, e agora tenho duas versões de comer e chorar por mais!