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Simão Almeida

Determinação para manter o equílibrio

Atleta

Determinação para manter o equílibrio

Simão Almeida foi atleta de competição desde os 6 anos e atleta de alto rendimento desde os 17 anos. 16 anos a competir ao mais alto nível. Atualmente, o receio que tem é de não conseguir passar o conhecimento que foi adquirindo ao longo dos anos. Para nosso orgulho integra a equipa Super Vegan Fitness desde o início, deixando-nos desejosos de aprender!

Entrevista com Simão Almeida

Porque escolheste a ginástica artística?

Os meus pais foram os dois ginastas. A minha mãe numa vertente mais lúdica e o meu pai escolheu a vertente competitiva, daí terem decidido que a ginástica era uma ótima modalidade para fazer enquanto criança, para vencer medos, superar obstáculos e ganhar sentimento de responsabilidade e autonomia. Iniciei numa classe de formação gímnica geral e ao fim de uns meses fui convidado a integrar uma classe de competição na ginástica artística. Isto com 6 anos. Fui cultivando a minha paixão pela ginástica e com 14/15 anos decidi que queria ser ginasta de alto rendimento, ir a campeonatos da Europa, do Mundo, queria ir aos Jogos Olímpicos! Foi mais ou menos nessa altura que integrei a Seleção Nacional e mantive-me na equipa até aos meus 32 anos. Tive muitíssimas internacionalizações na minha carreira, participei em 7 campeonatos do mundo, 12 campeonatos da europa, 1 jogos europeus, 1 jogos do mediterrânio, 3 universíadas, 15 taças do mundo e mais de 40 torneios internacionais. Nestas competições fiz parte da equipa que teve alguns dos melhores resultados coletivos da ginástica portuguesa desde sempre.


Qual o ponto mais marcante da tua carreira?

Gosto de dizer que o ponto mais marcante da minha carreira foi o meu primeiro Campeonato da Europa, em 2004, na Eslovénia. Creio que foi o momento em que se tornou claro que era exatamente ali que queria estar. Queria competir naquele palco, queria competir ao lado dos melhores do mundo, queria mostrar a minha ginástica ao mundo. Não posso deixar de referir também o Campeonato do Mundo de 2010, na Holanda, que foi a minha estreia em campeonatos do mundo e onde nos qualificámos dentro das 24 melhores equipas do mundo, que era o nosso grande objetivo. Foi uma estreia com a “cereja no topo do bolo”.


É difícil conciliar o desporto e o trabalho?

De certa forma, neste contexto, sou um favorecido, pois a minha escolha académica (Área do Desporto) permitiu-me continuar a minha carreira ao mais alto nível.

Quando fiz o estágio profissional do curso, fui viver para Nottingham (Reino Unido) e escolhi um ginásio onde pudesse fazer a parte prática como treinador de ginástica, mas que ao mesmo tempo me permitisse manter o meu ritmo de treinos bidiários. Quando regressei a Portugal e me iniciei como treinador no Ginásio Clube Português, consegui manter essa minha disciplina de conciliar treinos com ser treinador. Este processo deu-me de certa forma um embalo para começar a conciliar os meus objetivos profissionais com a minha carreira desportiva. Claro que não é tarefa fácil, mas com sentimento de responsabilidade e ambição, quase tudo é possível.


Que cuidados tens com a tua alimentação?

Neste momento os principais cuidados que tenho com a minha alimentação estão relacionados com o consumo de água, tento fugir aos doces (por vezes sem sucesso) e frituras, e tento manter um equilíbrio da quantidade de hidratos de carbono, proteínas e gorduras ao longo do dia. Tenho o objetivo de fazer uma alimentação variada, alternando as frutas e legumes que consumo diariamente, e variando entre as várias fontes de proteínas, e evito ao máximo consumir alimentos processados.


Porque aceitaste o desafio de te juntares à equipa Super Vegan Fitness?

Quando me apresentaram o conceito por trás da gama da Super Vegan Fitness achei muito interessante. Para além da qualidade dos componentes dos produtos, da variedade e do estilo de vida saudável que a marca promove, identifiquei-me muito com a mensagem que é passada aos clientes, passando a citar “A todos os que não precisam de despertador. Que competem contra si próprios. Que pensam em performance, energia e recuperação.” Para mim isto é passar o alto rendimento do desporto para a vida quotidiana e isso é uma transição fantástica. De certa forma fez 200% sentido, para mim, aceitar este desafio.


Achas que esta questão de os produtos serem “limpos”, sem químicos ou açucares refinados é importante?

A meu ver, não é importante, é fundamental. Saber o que estamos realmente a comer é muitas vezes um autêntico desafio. Daí que sentir que temos algum controlo no que ingerimos é algo muito importante. Para mim isso tornou-se muito concreto durante a minha carreira, pois muitas vezes, por ignorância, dei por mim a ingerir alimentos que estavam a promover inflamações. Em vez de me estarem a ajudar a recuperar e a estar pronto para levar o meu corpo ao extremo.


Tens alguma rotina que cumpras todos os dias quer de desporto, quer de alimentação?

Tal como disse de desporto tenho o hábito de guardar sempre 1h/1h30 por dia para treinar, e uma vez que venho da área da ginástica, e agora que penso bem nisso, faço pinos todos os

dias.

Na minha alimentação tenho uma rotina, que criei quando ainda competia, que é de beber um batido ao acordar, nada super-requintado, simplesmente algo que me ajude a despertar. Criei este hábito pois sempre senti alguma dificuldade em ingerir alimentos sólidos e depois ir treinar de manhã, mesmo que fosse com 1h30 de distanciamento. Por isso, na altura a minha nutricionista propôs-me esta alteração e ficou desde então.


Este ano retiraste-te da competição. Que lições tiras?

Retiro que a ginástica me ajudou a tornar na pessoa que sou hoje. Foram 25 anos a viver com uma determinada prioridade e quando tens um foco tão grande e determinado, coisas fantásticas podem acontecer. A ginástica deu-me, desde muito cedo, uma autonomia e sentimento de responsabilidade enorme. Aos 13 anos já estava a fazer estágios internacionais em que tinha de saber viver sem os meus pais durante uma semana e isso num jovem é uma experiência fantástica que promove um crescimento e uma maturação acentuada muito cedo. Desde jovem que me ensinou a lidar com o erro, a frustração, as lesões, a superação, o sucesso e insucesso, com o medo, com a alegria de fazer algo (skill) pela primeira vez. A ginástica fez-me crescer um bocadinho todos os dias.


O que estás a fazer agora e onde é que as pessoas te podem encontrar?

Ainda durante a minha carreira, decidi que queria ser treinador. Entrei na Faculdade de Motricidade Humana e licenciei-me em Ciências do Desporto, e terminei a parte curricular do Mestrado em Alto Rendimento. Um ano antes de terminar a licenciatura (2011) comecei a dar treinos de Ginástica Artística Masculina no Ginásio Clube Português e iniciei nas classes de Formação (4-7 anos). Passado uns anos comecei a dar à classe seguinte (7-10 anos) e neste momento, após terminar a minha carreira, aceitei o desafio de treinar o grupo de alta competição, com jovens entre os 13 e os 20 anos, todos eles com o sonho de serem ginastas de alto rendimento e participarem nas competições de mais alto nível. Paralelamente, em 2016, fui convidado para dar uma formação de ginástica para o CrossFit, e desde então que tenho estado ligado à modalidade. Criei o meu próprio projeto, chamado Gym4Cross, onde dou workshops, faço treino personalizado e planeamento. Com este projeto procuro partilhar todo o conhecimento que fui adquirindo durante a minha carreira, todas as experiências e vivências que tive e que sinto que podem ajudar os atletas a evoluir na área da ginástica. Neste momento, estou também a trabalhar em duas boxes de CrossFit ( Trend CrossFit e Off Limits CrossFit) como Coach de Ginástica.


Como consegues manter o equilíbrio?

Neste momento tento garantir que todos os dias, dentro da minha agenda profissional, que tenho pelo menos 1h/1h30 para o meu treino, seja ele ginástica, treino funcional, CrossFit, yoga, corrida, etc. Desta forma consigo desanuviar de tudo o resto e libertar a energia acumulada. Depois de tantos anos a competir e a treinar bidiário, muitas vezes é o próprio organismo que me pede para desligar a cabeça e deixar a memória muscular tomar conta do assunto durante umas horas.


O que te dá energia e o que te motiva?

Adoro transmitir os conhecimentos que tenho, que fui aprendendo e experienciando ao longo dos anos. Creio que essa é claramente a minha missão. É algo que me é natural, não tenho de forçar, não me custa comunicar, antes pelo contrário a minha preparação prévia é no sentido de me organizar nos conceitos que vou abordar, para não me dispersar em todas as coisas que quero transmitir. E uma das coisas que mais me motiva é ver os atletas a alcançarem os seus objetivos. Aquele momento em que se vê nos olhos de alguém que todo o esforço valeu a pena, para mim esse momento aquece-me o coração.


Quem te inspira no dia-a-dia?

O meu pai, por ser um eterno sonhador. A minha mãe, por ser sempre verdadeira a ela própria. O meu irmão, pela sua independência e criatividade. A minha namorada, pela constante busca da sua melhor versão. Estas quatro pessoas extraordinárias são a minha inspiração diária.


Três palavras que te definam...

Perseverante, autêntico e altruísta.


Um mantra que tentes passar a todos os teus alunos

Não é um mantra no sentido literal da palavra, mas é algo pelo qual tento reger o meu dia-a-dia: Things turn out best for those who make the best of the way things turn out. Numa tradução muito simplificada, significa que devemos sempre tentar retirar o melhor do que nos acontece.


Um esquema de treino ideal para quem fazer o pino!

Então para começar e para darmos o estímulo ao corpo de estar de cabeça para baixo, para mim o primeiro passo é dominar o pino de cabeça (3 apoios). Depois disso seguir gradualmente para um pino com apoio, com uma parede, um ajudante, etc. E depois então começar a praticar sozinho. Isto escrito assim parece super fácil e rápido, mas a passagem de cada uma destas progressões leva algum tempo e dentro de cada uma destas fases há dezenas de outras progressões. É um processo fabuloso que nos leva a desafiar os nossos próprios limites. Mas tenho a certeza de que a Super Vegan Fitness vai organizar um workshop sobre pino, para eu poder falar pelos cotovelos e colocar todos os participantes de cabeça para baixo!


Que conselhos podes dar a outros atletas da ginástica e mesmo de outras modalidades?

O principal conselho que posso dar é muito simples: disfrutem do caminho. Isso é o que realmente importa, o resultado final é simplesmente um resumo do caminho e quando lá chegarem vão perceber que as verdadeiras memórias e vivências não estão no final do percurso, mas sim na construção desse percurso. Foi algo que, felizmente, percebi ainda antes de terminar a minha carreira, e então pude apreciar e viver cada momento como deve ser e como é suposto apreciar. Foi essa compreensão que me levou a concluir que tudo valeu a pena e que se fosse possível voltaria a repetir tudo.

A NOSSA EQUIPA

São atletas e nutricionistas, entre outros. Todos preocupados com a sua alimentação e com o seu treino.

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